16.5.13

"Liguei a televisão para que o ruído preenchesse o vácuo e me desse a ilusão de companhia, mas não estava a ouvir nem a ver nada. Sentei‑me e olhei inexpressivamente para a parede de tijolos. Estava entorpecida. Não sentia nada a não ser dor. Quanto tempo teria de aguentar aquilo?
(...)
E assim começou a surgir um padrão: acordar, trabalhar, chorar e dormir.
(...)
Transformara‑me no meu próprio estado insular. Uma terra devastada, assolada pela guerra, onde nada crescia e os horizontes eram sombrios. Sim, essa era eu."

- As Cinquenta Sombras Mais Negras

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